segunda-feira, fevereiro 28, 2005

arquitectura do desejo


foto de Sílvia Antunes

Como uma forma de encantamento mergulhei em lugares de desejo. Vagueámos por entre alamedas de árvores. Seguimos caminhos iniciáticos, como um nascer, ou um renascer que se anseia. Andámos por percursos de água e de luz. Nada nos fez recuar perante desafios, pois sabíamo-los recompensados. As atenções da descoberta, o gozo da partilha estiveram sempre presentes.
Os símbolos chegaram até nós como mensagens, códigos que tentámos desvendar. Nos teus olhos a limpidez da água que bebemos. Na minha boca a frescura do teu beijo.
A descida em espiral ao fundo do poço sugeriu-nos a passagem das trevas para a luz. Caminhámos por cima da água num aparente equilíbrio instável.
De novo, no jardim, encantaram-te as camélias que se aconchegaram no meu peito e vimo-nos personagens de um romance, de uma peça de teatro, ou de uma ópera naquele fantástico espaço cénico.
E tão fantástica como a luz, que coada das janelas se projecta em sombras no chão de mosaicos, tão fantástico é o desejo e o amor que se espaçou em mim. Fantástico também é o gosto desejar o desejo e o carinho que há em ti.

texto de Margarida Araújo

http://100sentidoconsentido.blogspot.com/

domingo, fevereiro 13, 2005

... afinal quem és tu...

"e afinal quem és tu, Sílvia desconhecida, o que te faz correr?"
 
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