quinta-feira, dezembro 21, 2006

ci_manias (mais uma)



Tenho a mania de dizer que “nasci com o dito cujo virado para a lua”
Já várias vezes tive essa sensação
Hoje tenho essa certeza
Eu faço asneiras em cima de asneiras, e o ditado cumpre-se.
Ontem fechou-se uma porta e não é que hoje se abre um portão...
Se eu mereço? Oh se mereço. (modéstia não é uma das minhas virtudes eu sei)
Feliz Natal

terça-feira, dezembro 05, 2006

vou até ali num instantinho...



como tem sido longo este 2006, uffff
passei o ano inteiro a ver-vos partir e voltar.
custa mais no verão, e este foi tórrido.
agora que parece que tá tudo quietinho por cá, salvo algumas excepções, chegou a minha altura.
vou de férias.
volto já.

terça-feira, novembro 28, 2006

com os pés uns centímetros acima do chão


ora cá está finalmente uma foto que retrata a minha vida.
sempre de pernas para o ar, sempre com a cabeça não sei onde.
no final de cada ano, deixei de fazer aquelas promessas estúpidas que sempre todos fazemos, mas lembro-me que no ano passado tentei prometer-me que este ano seria diferente, tentei prometer-me que viveria com os pés uns centímetros acima do chão.
hoje, sentindo-me assim, tão à letra, não consigo conter aquele sorriso.

segunda-feira, novembro 20, 2006

quero um beijo

não ouvi bem, queres o quê?
quero um beijo.

assim aqui? à frente de toda a gente?

sim, aqui à frente de toda a gente.

gosto dos teus beijos.

segunda-feira, outubro 30, 2006

zen



por vezes contrariando a minha própria natureza, opto pelo silêncio.
o resultado é sempre surpreendente até para mim.
há momentos de paz interior que são inexplicáveis.

quinta-feira, setembro 28, 2006

o último dia de verão



o que vamos fazer quando o verão acabar?
tu… não faço a mínima.
eu… o mesmo de sempre. :)
define sempre.
bem, sempre, é sempre, ou seja, o que fôr será.
então também não sabes o que vais fazer.
não.
e isso preocupa-te?
não.
ok.
ok.
:)

quarta-feira, setembro 27, 2006

hoje lembrei-me...



as pequenas coisas.
passamos a vida a falar delas, e passamos a vida a despreza-las.
eu colecciono pedrinhas que trago dos locais por onde vou passando.
há tantas outras pequenas coisas que colecciono.
não sei porque me lembrei disso hoje, mas ando com esta ideia desde que vi o filme de Amelie Poulin, (sim, finalmente vi o filme)

sexta-feira, setembro 15, 2006

recordações




Encontrar alguém que não vemos há muito tempo provoca invariavelmente o mesmo sentimento que remexer em coisas antigas, aquela carta, aquele postal, aquela foto antiga…
Foi assim também comigo.
Encontrei-o por acaso no caminho para casa. Cumprimentamo-nos. Sorrimos, um sorriso grande e aberto que estampava de parte a parte o prazer que estávamos a sentir por nos reencontrar-mos.
Cada um de nós trazia consigo uma parte da vida do outro.
Conversas cordiais, casaste, tens filhos, onde trabalhas, o que fazes, onde moras, tens encontrado mais alguém, eu ainda falo com A, que giro, tu ainda falas com B.
Penso que como a mim, no meio de tanta conversa da treta pela sua mente lhe passaram imensos flash backs do passado que vivemos em comum.
Despedimo-nos com o mesmo sorriso, e tal como eu, ele levava no rosto a nostalgia de algo que já não somos.
Inevitável, no resto do caminho para casa venho a recordar-me de tanta coisa que julgava esquecida, tanta parvoíce, tanta brincadeira, tantos sonhos, tantas desilusões.
Isto passou-se há uns dias, e ontem ao visitar com o resto dos pais, as instalações da escola do segundo ciclo para onde o meu filho vai a partir de segunda feira, a mesma onde eu também andei, dou comigo novamente a recordar tanta coisa.
É giro olhar para trás. Nostálgico por certo, mas giro.
Cheguei até aqui.
Claro que já tinha dado conta há muito que estou mais velha, e isso continua a não me incomodar, o que me incomoda é que me lembrei que ainda há uma meia dúzia de coisas que jurei a mim mesma que fazia e ainda não fiz.
E isto quer dizer que está na hora de voltar a arregaçar as mangas… vamos lá.

Ena isto hoje até parece um blog. Risos.

quinta-feira, setembro 07, 2006

sorria... #02


... é contagioso. ;)

quarta-feira, setembro 06, 2006

sorria...


...é contagioso. :p

sexta-feira, setembro 01, 2006

acertar o passo



nada acontece por acaso…

e aqui ouve-se kizomba.

quarta-feira, agosto 16, 2006

a estação e as linhas



" ...ponto de partida e de chegada, de cruzamento de linhas, história de passagens, de cruzamento de pessoas, no fundo numa estação e numa linha, por vezes cabe uma vida toda, até porque as paralelas acabam por se cruzar no infinito, e o infinito é isso tudo..., que as estações não fiquem desertas, que as linhas prossigam e que o cruzamentos continuem. "

terça-feira, agosto 01, 2006

há músicas que nos marcam


como não tive o privilégio de fotografar o Eric Clapton, deixo apenas duas das fotos que tirei no Pavilhão Atlântico no inicio do ano passado num espectáculo de Mark Knopfler.
se há pessoas que tocaram músicas que definitivamente marcaram a minha vida, eles estão no topo da lista.




Eric Clapton e Mark Knopfler - wonderful tonight

http://www.youtube.com/watch?v=o8ipQl9pywg&mode=related&search=


tamos saudosistas hoje.

sexta-feira, julho 28, 2006

finalmente férias...



não, eu não vou de férias.
os outros é que vão.
adoro Lisboa em Agosto.

domingo, julho 16, 2006

tudo me basta


Sou uma pessoa de gostos simples.
Tudo me basta.
Oscar Wilde

sábado, julho 15, 2006

sorrisos e desejos por concretizar



mais um dia tinha chegado ao fim.
sorria.
abriu mentalmente a sua listinha de desejos por concretizar.
pegou na sua caneta imaginária, e começou a riscar.
fechou-a mentalmente com o mesmo sorriso com que a abriu.
não conseguia deixar de sorrir.
antigamente quando concretizava alguma coisa, simplesmente apagava da sua lista.
hoje era diferente, apenas riscou, ficaria ali gravado para sempre.
para não se esquecer de se lembrar.
e o sorriso, meu Deus, o sorriso.


segunda-feira, julho 10, 2006

enquanto isso...


e enquanto isso, alguém também escrevia.
ela não conseguiu deixar de sorrir.

http://blogdapontamentos.blogsome.com/2006/07/10/428/

domingo, julho 09, 2006

mundos paralelos




existe um mundo paralelo no que não se diz.
existe um mundo paralelo no que ficou por se dizer.
por vezes apelida-se de falta de coragem não dizer uma palavra.
mas tantas vezes é preciso muito mais coragem para não a dizer.
eu gosto de coragem e de mundos paralelos.

segunda-feira, julho 03, 2006

dualidades #01


por vezes sou o que sou,
outras sou apenas o outro lado do espelho.

domingo, junho 25, 2006

no pequeno mundo de Alice


Mas eu não ando com loucos", observou Alice.
'Oh, você não tem como evitar", disse o Gato de Cheshire

"Somos todos loucos por aqui. Eu sou louco. Você é louca."
"Como é que sabe que eu sou louca?", disse Alice.


"Você deve ser", disse o Gato,
"senão não teria vindo para cá."

do livro Alice no Pais das maravilhas


sexta-feira, junho 23, 2006

as regras do jogo




alguém viu as regras do meu jogo?

não sei porque insisto em jogar jogos dos quais não sei as regras.

até sei. a culpa é da adrenalina.

e ainda não fui comer a tal fartura…

terça-feira, junho 20, 2006

hoje não tenho foto

estive para aqui a escrever umas coisas mas precisava de uma foto de um carrocel para inserir.
como não tenho fotos de carrocel, não insiro nada do que escrevi.

apetecia-me uma fartura. :)

sábado, junho 17, 2006

liberdade (?)




mãe, afinal o que é a liberdade?

Diogo, 10 anos


sexta-feira, junho 09, 2006

abandonaste-me

© Sílvia Antunes


abandonaste-me…

não, eu estive sempre aqui, tu é que deixaste de me ver.

sábado, maio 27, 2006

apanhei-te...

© Sílvia Antunes

© Sílvia Antunes


mas, não te preocupes, libertar-te-ei…

“Amo a liberdade,
por isso as coisas que amo deixo livres,
se voltarem é porque as conquistei,
se não voltarem é porque jamais as possuí.”

Charles Chaplin

quarta-feira, maio 24, 2006

até onde eras capaz de ir por uma fotografia?

© Sílvia Antunes




lembro-me que quando tirei esta fotografia na lagoa das furnas em S. Miguel, deveriam ser umas 8 da manhã, então decidi que no dia seguinte me iria levantar de madrugada para fazer o nascer do sol. aqui seria qualquer coisa de magnífico, estas nuvens... e ainda havia uma réstia de neblina... foi o que pensei.
éramos 17 pessoas, depois de um dia de caminhada debaixo de chuva, e muita paródia pelo meio, a noite foi curta, dormi 3 horas e já estava de novo pronta, mochila e tripé às costas.
lentamente a noite foi desaparecendo, e o dia nasceu seco, sem nuvens, sem neblina, sem nada… valeu a tentativa, fotograficamente foi um fiasco.


“até onde eras capaz de ir por uma fotografia?”
até ao fim do mundo!

esta frase lembra-me sempre a outra:
“casaste com a tua máquina fotográfica”

:)

quarta-feira, maio 17, 2006

relax...

© Sílvia Antunes




hummmm, que bom que é fazer uma pausa. :)



segunda-feira, maio 08, 2006

quando morrer...

© Sílvia Antunes



Quando morrer, voltarei para buscar
os instantes que não vivi junto ao mar.

Sophia Mello Breyner


domingo, maio 07, 2006

jura que telefonas...

© Sílvia Antunes



“quando a insónia vem para ficar
nada a fazer.
nem leituras, nem comprimidos, nem carneiros.
a não ser que do lado de lá do fio
alguém prometa o paraíso…
jura que telefonas.”

(já não sei bem de quem copiei isto)


quinta-feira, maio 04, 2006

PhotoLisbon 2005

terça-feira, maio 02, 2006

apetece-me...

foto de Susana Martins
http://www.pbase.com/smartins


e
apetece-me
de
novo
que
me
dispas
a
alma
botão
a
botão


segunda-feira, maio 01, 2006

ce soir, j'aurais pu être...




Pego na palavra pele
e desfaz-se na minha mão.
Solto a palavra beijo e voa soprada pelo vento
Agarro a palavra amor e esfuma-se no fio do horizonte
Abraço a palavra ternura e ela escorrega-me pelos braços
Sublinho a palavra ausência e fica um vazio no estômago
Construo a palavra laços
E desatam-se no ar
Escrevo a palavra tu
E ela não rima comigo
Desenho a palavra nós
E desatam-se na tela branca
Componho a palavra beleza
E sai-me música
Pinto a palavra melodia
E surge-me o teu olhar
Acarinho a palavra poesia
E saem-me letras desrimadas
Se tudo foi leve pedaço bom de vida,
Silvo de nortada fresca
Sumo doce de fruta
Sal de corpo na minha língua
Então valeu
Ficou esta impressão digital esfumada,
e os dias que me sobram para recordar
No vagar dos meus dias que me vão sobrando

Texto de Margarida Araújo
http://100sentidoscomsentidos.blogspot.com/



quinta-feira, abril 27, 2006

sinto ser nada

© Sílvia Antunes


Muitas são as vezes
em que sinto ser nada
nada de nada

Mas eu sei que sou
mais do que isso
muito, muito mais

Sou um bocadinho
um pequeno bocadinho
de coisa nenhuma

Que por nada ser
talvez possa ser tudo
e mais alguma coisa

Luís Ene
http://blogdapontamentos.blogsome.com/

quarta-feira, abril 26, 2006

e estou...

... com uma vontade louca
de sentir areia nos pés
de sentir a roupa molhada colada ao corpo
de sentir o cabelo todo enrolado no vento
de sentir o cheiro a maresia...

e deixei...

... de fumar há 42 dias, 5 horas e 26 minutos.

mais música

Ennio Morricone e Dulce Pontes
(fico completamente arrepiada quando ouço isto)

domingo, abril 23, 2006

procuram-se...

© Sílvia Antunes



dão-se alvíssaras a quem as encontrar…


sexta-feira, abril 21, 2006

Chefchaouen - the blue city

© Sílvia Antunes


pediram-me para fazer um relato das minhas viagens a Marrocos com o www.fotoadrenalina.com .

dei comigo a ver as centenas de fotos que fiz nas minhas três viagens nos últimos dois anos a essa cidade azul, pela qual me apaixonei.

cidade minha, sem nunca o ser, onde senti que era o meu lugar sem nunca lá ter estado antes, e onde conhecia as pessoas sem nunca as ter visto.

senti de novo o cheiro, e senti de novo a magia que me encantou na altura, que trouxe comigo num cantinho da minha bagagem.

revi os sorrisos quentes e o coração apertou.
saudades da minha cidade azul…

se não fossem certas e determinadas coisas, diria que está de novo na hora de pegar na mochila e fazer-me à estrada, mas tudo tem um tempo, e este ainda não é o meu…

terça-feira, abril 18, 2006

a história da minha vida...

© Sílvia Antunes



“a história da minha vida cabe numa folha de papel A4”

foste tu que o disseste um dia.

a história da minha vida cabe num bloco de desenho A3 de papel cavalinho.
nas suas folhas alterno os tons pastel com os azuis.
e por vezes, muitas vezes, pinto-as de vermelho fogo.
inevitavelmente muitas também estão em branco.

segunda-feira, abril 17, 2006

(...)

© Sílvia Antunes

quinta-feira, abril 13, 2006

next stop... dreamland...

© Sílvia Antunes


Após horas de espera, finalmente atravesso a porta de embarque.
Olho para trás para me certificar se os problemas que me atormentam diariamente ficam ali, do lado de lá da porta que acabei de passar.
E ficam.

Sorri para a hospedeira e lá vamos nós.

(…)

Ouve-se um apito.
No cais, um homem agita uma bandeira vermelha.
Última chamada para o comboio.
Todos sentados.
Ele agora agita a bandeira verde.
O Comboio começa a andar, e cá vamos nós para dentro do nosso imaginário.
Dou uma mirada nas pessoas que me rodeiam e noto que os olhos dos adultos brilham mais que os das crianças, os meus devem brilhar assim também…

Passamos por montes e vales de brincar, castelos de sonho, ao longe avisto o Grand Canion, e já se ouve a montanha russa a funcionar.

Ao passar o Mississipi, o grande barco ainda está parado, e vejo a cabana do Tom Sawyer, se não é ele é parecido, nem sabia que ele era uma personagem da Disney, parece mesmo, vês Di, é o Tom, ele olha para mim com um ar de “esta é doida”, sei lá quem é o Tom, eu digo, esquece, não é do teu tempo.

Impossível descrever tudo ao pormenor, posso apenas mencionar que passei pelo castelo da Cinderela, que andei no barco do Capitão Gancho e subi à arvore dos meninos perdidos, que voei com o Peter Pan, e me perdi no labirinto da Alice no pais das maravilhas, que bebi chá com o gato louco, que me parti a rir com o professor que encolheu os miúdos, que tremi quando um asteróide embateu na nossa cápsula espacial e se incendiou, que subi de avião, que nadei com o Nemo, que fui à gruta do dragão, que desci ao fundo do mar no nautilus, que me deslumbrei com as histórias do pais dos contos de fadas, que conheci a baleia que engoliu o Pinóquio, que apertei a mão ao pinto do chicken little, que o Pluto me puxou o cabelo, que sonhei com a Mary Poppins, que desci às minas do Indiana Jones, que delirei com a casa assombrada, que vi a lâmpada magica do Aladino, que passeei na América de inicio do século, que trauteei musicas de embalar, fiz uma viagem ao mundo do pirata das caraíbas, escondi-me dos índios e por momentos fui cowgirl, brinquei às televisões nos estúdios do disney channel, pela mão daquele boneco azul marado, o Stitch, e tantas, mas tantas outras coisas que precisava mais dois dias para enumerar..

(…)

Fazemos a última viagem de comboio e partimos em direcção ao aeroporto.
Passo a porta de (des)embarque pego nos problemas e nas malas e volto para casa.


sexta-feira, abril 07, 2006

esta noite sonhei...

© Sílvia Antunes




... benvindos ao maravilhoso mundo da imaginação…




quinta-feira, março 30, 2006

sentidos... cheirar...



terra molhada depois de uma chuvada de verão,
pão acabado de fazer, lençois lavados
água salgada sobre a pele

quarta-feira, março 29, 2006

sentidos... tocar...



veludo, seda,
cabelo molhado, pena sobre a pele,
bicho da seda, algodão, dente de leão

terça-feira, março 28, 2006

sentidos... ouvir...



dead can dance – rakim


sábado, março 25, 2006

deep inside

© Sílvia Antunes



de dentro para fora, ou de fora para dentro.
dependendo sempre do lado de nós próprios em que nos encontramos.


this heavy craft

© Sílvia Antunes



This Heavy Craft

The wax has melted
but the dream of flight
persists.
I, Icarus, though grounded
in my flesh
have one bright section in me
where a bird
night after starry night
while I'm asleep
unfolds its phantom wings
and practices.

P.K. Page


quinta-feira, março 23, 2006

by Deborah Copaken Kogan



Excerpt from Shutterbabe
Adventures in Love and War

Chapter 1 - Pascal
There's a War Going On, and I'm Bleeding.

An unfortunate situation, to be sure, but considering it's 2 a.m., fresh snow is falling and I'm squished in the back of an old army truck with a band of Afghani freedom fighters who, to avoid being bombed by the Soviet planes circling above, have decided to drive without headlights through the Hindu Kush Mountains over unpaved icy roads laced with land mines, it's also one without obvious remedy. I mean, what am I supposed to do? Ask the driver to pull over for a sec so I can squat behind the nearest snowbank to change my tampon?

I don't think so.

It's February 1989. I am twenty-two years old. My toes are so cold, they're not so much mine anymore as they are tiny miscreants inside my hiking boots, refusing to obey orders. In my lap, hopping atop my thighs as the truck lurches, as my body shivers, sits a sturdy canvas Domke bag filled with Nikons and Kodachrome film, which I'm hoping to use to photograph the pullout of the Soviet troops from Afghanistan.

Actually, I have no idea how to photograph a Soviet pullout. Though this is my second story as a professional photojournalist, I'm still not clear on what it is photojournalists actually do in a real war.

The first story I covered, the intifadah, was more straightforward. Organized, even. I'd take the bus early every morning from my youth hostel in Jerusalem to the nearby American Colony Hotel, where all the other journalists were staying (and where I eventually wound up staying when my clothes were stolen from the youth hostel), and I'd go straight to the restaurant off the lobby. There, I'd ingratiate myself with any photographer I could find who had information about the day's planned demos, his own rental car, and a basket of leftover Danish.

After eating, we'd drive around the West Bank and wait for the Palestinian kids to throw rocks at Israeli soldiers, which we knew they would do only once a critical mass of journalists had assembled. Then we'd record the resulting skirmishes onto rolls of color slide film while trying to evade arrest andor seizure of our exposed films by the soldiers. Next, we'd all rush back to Jerusalem to the Beit Agron, the Israeli press office, where we would lie about what we'd just shot ("religious Jews," we'd say, or "landscapes,") and get our government-issued shipping forms stamped and signed accordingly. Finally, we'd head to the strange little cargo office at the airport in Tel Aviv to send our film on a plane back to our photo agencies in Paris. Simple.

But here in Afghanistan the situation is more obscure. I'm alone, for one, which among other things means I have no one to help me figure out basic puzzles like how to get my exposed film out of the mountains. Or how to write captions when no one around me speaks English, and I have no idea where, exactly, these photos are being taken or what it is I'm actually seeing. I'm just assuming that at some point, someplace, I will see some dead or bloody mujahed, or some dead or bloody Russian soldier, or some mujahed firing off his Kalashnikovs, or one of those great big Soviet tanks whose names I can never remember, or, well, something that looks vaguely warlike that I can shoot and send-again, it's murky to me exactly how-back to my photo agency in Paris.

I look over at Hashim, who's rearranging blankets, knapsacks and boxes of ammunition to clear more leg room on the crowded truck bed. He yanks my maroon nylon backpack from the center of the pile, fills in the newly empty space with a green metal box, mimes "Can I sit on this?" while pointing at my backpack, and, when I nod yes, he wedges it into a corner and plops his 180-pound rump right on top of it. A gentle crunching sound ensues, followed almost immediately by the smell of rubbing alcohol. Shit. My mind races to try to recall what else, besides the bottle of alcohol, I packed in that outside zippered pocket.

Then I remember. My box of Tampax. My one and only box of Tampax.

Well, now. I'm fucked.

Oblivious, Hashim slowly inhales a Winston cigarette and kneads his amber worry beads through his ragged fingers. Trained as a journalist, he's the one Afghani among my forty-seven escorts who actually speaks a few key English phrases such as "Food soon," "Danger, stay in cave," and "Toilet time, Miss Deborah?" But even though I know he will probably understand me if I say, "Please get off my bag," he definitely won't understand "because my tampons are exploding." And because "Please get off my bag" sounds sort of rude, and because the squishy backpack does look like a comfy place to sit while all of us are scrunched together on the back of this rickety old truck heading God knows where, and because my hygiene woes do not hold a candle to the miseries of jihad, I say nothing. Besides, I'm covered from head to toe in an electric-blue burka-an Islamic veil, worn like a Halloween ghost costume-which tends to hinder communication. Not only does it muffle my speech, it makes it impossible to guess, for example, that underneath all this rayon, under my shiny blue ghost costume, I cannot stop crying.

What on earth possessed me to come here?

In a word, Pascal. It's Pascal's fault I'm here all alone, and when I get back to Pakistan I'm going to kill him.
THE FIRST TIME I noticed Pascal it was from afar, at a café on the rue Lauriston near the Sygma photo agency. That would have been in late September 1988, about two weeks after I'd arrived in Paris, ready to start my life. Every day, I'd go to that same café and spy on the photojournalists eating lunch there. Most afternoons, I'd order a croque monsieur and place myportfolio ever so casually on the chair in front of me, hoping that the sight of my work along with the Leica around my neck would somehow draw a photographer over to my table. In my fantasy, the photographer would ask to take a look at the pictures and then, duly impressed, he'd invite me to come join the rest of his gang at his table for an île flottante and a round of espressos. I'd sit down and, after modestly refusing to do so, I'd be persuaded by the other men-they were all men-to pass my portfolio around the group, one of whom would be an important photo editor who'd want to send me that very same afternoon to go cover a war. It didn't really matter which war because I knew better than to be picky. Any war would do.

But that was just the fantasy. In reality, I had to settle for eating my sandwiches alone and in silence.

On that first day I noticed Pascal, he strode like a bulldozer into the café, pushing in the cool autumn air from the outside with his angular torso. With what seemed like a single fluid motion, he unhitched the camera bag from his shoulder, placed it in the pile of sacks already there on the banquette, greeted his colleagues with an ironic "Salut, les potes!," pulled off his blue cashmere crew neck, knotted it around his shoulders, lit a cigarette and sat down to fondle a menu. His features were sharp and finely chiseled, his eyes sparkled with what appeared to be a touch of mild insanity, and his lips had corners that turned up when he smiled, like the Joker's in Batman. When his steak au poivre arrived, he sliced into it with the grace of an aristocrat, the tines of his fork facing down then up as one by one the freshly cut morsels disappeared into his mouth, each effortless bite punctuating the rhythm of his fraternal chatter. He is magnificent, I thought.

Pascal was an up-and-coming war photographer, and I admired his work. His pictures didn't just show action, they screamed action. Bombs exploding, young children crying, soldiers cowering, grimacing, dying. Exactly the kind of images that I was desperate to start shooting, if only I could figure out how.

After two weeks of getting nowhere with my portfolio-on-the-chair ploy and spending far too many francs on croque monsieurs, I realized I'd been going about it all wrong. With my shaky French, I called the general number for Sygma and asked to speak to Claude, the editor in charge of news photos. For whatever reason, perhaps because he couldn't understand me on the telephone, perhaps because it was a slow news day, he agreed to a meeting. The next afternoon, when I arrived at his desk, he started to laugh. "You're the little girl from the café," he said. A few of the photographers I'd been stalking, Pascal included, stared and tittered from behind the glass wall of the photographers' room.

As Claude flipped through my portfolio, which was bulging with photographs of strip clubs and the men who visit them, his eyes opened wider and he began to shake his head. Then he muttered "Putain!" I knew putain meant "whore," but at the time I did not know it could also be used idiomatically to mean something more tame, like "wow" or "holy cow." But before I could figure out where the epithet had been directed, at the strippers or at me, Claude looked up and said, "Tu voudrais aller où?"-

"Where would you like to go?"

I cocked my head. I crossed my arms. "Israel," I said, more of a dare than a word.

Claude smiled and, to my amazement, replied, "Fine." We made a deal: I'd pay for the trip; Sygma would pay for my film and development costs and then distribute the pictures upon my return. A break. At last.

As I turned to leave, Pascal caught my eye and winked. Whenever I thought about that wink afterwards, I'd shiver.

The next time I saw Pascal, it was two months later. I'd just arrived back from Jerusalem. Chip, my colleague and occasional lover, an American who'd lived in Paris for most of his adult life, invited me as his date to a dinner party Pascal was throwing with his live-in girlfriend in Paris. The live-in girlfriend part should have tipped me off, but then Pascal cornered me in the living room and challenged me, with his mischievous smirk, to a staring contest. No problem, I thought. I'll beat him hands down. But after what must have been less than sixty seconds of locking eyes with the man, I didn't just lose. I was hypnotized, rendered incapable of higher thought. Or even medium thought, like "Stay away. Girlfriend shares his bed."

Within minutes of losing the staring contest, and battling an overwhelming urge to sniff Pascal's neck, I cooked up a plan. It was a simple plan, really. One that would solve what I was beginning to understand would be a constant dilemma: companionship on the road. With our cameras in hand, we'd leave Paris, our worldly possessions, the live-in girlfriend, and my less sexy lovers behind. We'd spend the next couple of years traversing the planet, bouncing from coup to insurrection, war to revolution, passing our days shooting pictures and our nights under the stars, making love to the gentle thrum of incoming mortar fire.

Afterwards . . . well, I wasn't exactly sure. I didn't think in afterwards.

Okay, so I had an active fantasy life, but this time I could smell the thoughts as they popped into my head. Or maybe it was just the big slabs of steak that Élodie, the live-in girlfriend, was preparing in the kitchen. In any case, while Elodie was off in the kitchen preparing the meat, while Chip was embroiled in another conversation, Pascal suddenly turned to me, blew a puff of his cigarette into my face, and said, "I'm going to Afghanistan next week. Why don't you come with me?"

I sucked on my own cigarette, choked on it really, and blew the smoke back into his face. Then, composing myself, I shot him a conspiratorial smile. "Sure," I said. "Let's do it."

It was as simple, and as complicated, as that.

© Deborah Copaken Kogan - January 2003


segunda-feira, março 20, 2006

vermelho fogo

© Sílvia Antunes



Vermelho, fogo, paixão, liberdade, fúria de viver.


domingo, março 12, 2006

beijo

© Sílvia Antunes



…acredita que se os beijos se pudessem escrever, estarias a ler esta carta com os lábios.

Cyrano de Bergerac

sábado, março 11, 2006

arriscar o salto

© Sílvia Antunes

Cuando alguien desea algo debe saber que corre riesgos y por eso la vida vale la pena.

Paulo Coelho

Sim eu sei, é um escritor brasileiro, mas gosto de ler isto assim em espanhol.

quarta-feira, março 08, 2006

pirata

© Sílvia Antunes

Pirata

Sou o único homem a bordo do meu barco.
Os outros são monstros que não falam,
Tigres e ursos que amarrei aos remos,
E o meu desprezo reina sobre o mar.

Gosto de uivar no vento com os mastros
E de me abrir na brisa com as velas,
E há momentos que são quase esquecimento
Numa doçura imensa de regresso.

A minha pátria é onde o vento passa,
A minha amada é onde os roseirais dão flor,
O meu desejo é o rastro que ficou das aves,
E nunca acordo deste sonho e nunca durmo.

Sophia de Mello Breyner
 
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