sábado, maio 27, 2006
quarta-feira, maio 24, 2006
até onde eras capaz de ir por uma fotografia?
© Sílvia Antunes
lembro-me que quando tirei esta fotografia na lagoa das furnas em S. Miguel, deveriam ser umas 8 da manhã, então decidi que no dia seguinte me iria levantar de madrugada para fazer o nascer do sol. aqui seria qualquer coisa de magnífico, estas nuvens... e ainda havia uma réstia de neblina... foi o que pensei.
éramos 17 pessoas, depois de um dia de caminhada debaixo de chuva, e muita paródia pelo meio, a noite foi curta, dormi 3 horas e já estava de novo pronta, mochila e tripé às costas.
lentamente a noite foi desaparecendo, e o dia nasceu seco, sem nuvens, sem neblina, sem nada… valeu a tentativa, fotograficamente foi um fiasco.
“até onde eras capaz de ir por uma fotografia?”
até ao fim do mundo!
esta frase lembra-me sempre a outra:
“casaste com a tua máquina fotográfica”
:)
quarta-feira, maio 17, 2006
segunda-feira, maio 08, 2006
quando morrer...
Quando morrer, voltarei para buscar
os instantes que não vivi junto ao mar.
Sophia Mello Breyner
domingo, maio 07, 2006
jura que telefonas...
“quando a insónia vem para ficar
nada a fazer.
nem leituras, nem comprimidos, nem carneiros.
a não ser que do lado de lá do fio
alguém prometa o paraíso…
jura que telefonas.”
(já não sei bem de quem copiei isto)
quinta-feira, maio 04, 2006
terça-feira, maio 02, 2006
segunda-feira, maio 01, 2006
ce soir, j'aurais pu être...
Pego na palavra pele
e desfaz-se na minha mão.
Solto a palavra beijo e voa soprada pelo vento
Agarro a palavra amor e esfuma-se no fio do horizonte
Abraço a palavra ternura e ela escorrega-me pelos braços
Sublinho a palavra ausência e fica um vazio no estômago
Construo a palavra laços
E desatam-se no ar
Escrevo a palavra tu
E ela não rima comigo
Desenho a palavra nós
E desatam-se na tela branca
Componho a palavra beleza
E sai-me música
Pinto a palavra melodia
E surge-me o teu olhar
Acarinho a palavra poesia
E saem-me letras desrimadas
Se tudo foi leve pedaço bom de vida,
Silvo de nortada fresca
Sumo doce de fruta
Sal de corpo na minha língua
Então valeu
Ficou esta impressão digital esfumada,
e os dias que me sobram para recordar
No vagar dos meus dias que me vão sobrando
Texto de Margarida Araújo
http://100sentidoscomsentidos.blogspot.com/